E-crítica

Críticas e essays para assuntos diversos

Review de A Gota d'Água

Ontem estava pensando seriamente se valeria a pena, depois de um dia muito chuvoso, esbanjar minha noite em um teatro desconhecido. A peça: A Gota d'água, peça musical de Chico Buarque e Paulo Pontes, dirigida por João Fonseca; o local: Centro Cultural Veneza. Com a trégua de São Pedro, decidi finalmente apostar no espetáculo. Absolutamente não foi tempo nem dinheiro perdido: muito pelo contrário, o evento foi formidável!
Primeiramente, o CC Veneza esbanja requinte e o espaço físico é de tremendo conforto e bom-gosto, lembram muito daqueles lounges americanos de stand-up comedy. Cadeiras giratórias almofadadas deixam o público ainda mais relaxado para a sessão. Você compra o ingresso para uma mesa, com 4 cadeiras; então, como eu fui com a Mariana, mais um casal sentou à nossa mesa. Além disso, o palco é sutilmente elevado, para não atrapalhar nenhum baixinho (podem me usar como referência) e as luzes e efeitos foram bem posicionados. Tudo isso e mais ótimo serviço de bar e bombonière para os espectadores.

Agora sim: falemos da peça.

SINOPSE Dividida em dois atos, A Gota d'Água espelha uma tragédia urbana, anal nos grandes centros, nas favelas do Rio de Janeiro, onde está ambientada; os sets retratam um botequim, local de encontro dos homens e, ao lado, o set das lavadeiras, onde as personagens femininas conversam. No set da oficina, está o velho Egeu, e onde passam alguns amigos. Retrata as dificuldades vividas por moradores de um conjunto habitacional, a Vila do Meio-Dia, que na verdade são o pano-de-fundo para o drama vivido por Joana e Jasão que, tal como na peça original, larga a mulher para casar-se com Alma, filha do rico Creonte.

A peça é baseada na peça de Eurípedes, Medéia, um clássico grego que fala sobre amor, vingança e frustração. ChicoBuarque adaptou o texto para musical e ainda nos deu de presente uma leitura bem atual e brasileira da tragédia. Com o vozerio bem afinado dos atores, logo a primeira vista podemos perceber que a peça tem muito a oferecer. Destaque da atriz Isabela Bicalho - JOANA - com ótima atuação e voz, enaltecendo a mulher abandonada com seus dois filhcos, sofredora e inconformada com o ex-marido sambista e bon-vivant. Outro destaque é o empresário ditador Creonte - Cláudio Lins - que pretende enriquecer mantendo parcelas para a casa própria dos moradores da vila, estas impossíveis de pagar e por isso, todos estão eternamente endividados.
O palco também é muito bem utilizado na peça, pois os próprios atores modificam e alteram o cenário através de plataformas e escadas móveis para a utilização dos personagens principais. Inclusive até para os músicos, pois eles também participam de algumas cenas. As músicas (sambas, em sua maioria) são bem oportunas, pois traduzem muito bem toda a carga dramática (e também cômicas) que requerem as ações, pensamentos e movimentações do elenco. Aqui o destaque é uma cena na qual Joana e seu ex-marido Jasão brigam e vociferam um com outro.
Concluindo, é um evento para irmos com os amigos, namoradas, ou até mesmo sozinho, pois o espetáculo atinge necessariamente aquele que ama ou já amou, ou aquele que simplesmente gosta de samba e teatro.

teatro e info:
http://centroculturalveneza.com.br/gotadagua.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gota_d

postado por Rafael Mello @ 11:59 AM, ,

à espera de um big-bang

Um mega projeto está para ser ativado: uma máquina aceleradora de partículas ultra-moderno, o LHC. O maquinário construído em parceria multinacional (inclusive o Brasil - para análise) tem quase 27km de comprimento, consiste em um grande anel que serve de base para que as partículas sejam aceleradas. Então, um captador capta as energias emitidas do choque entre os átomos.
De uma maneira bastante simplista, podemos dizer que esse projeto - essa máquina - acelera a movimentação das partículas de próton (eletricamente carregadas) a velocidades que quase chegam a velocidade da luz. Na prática, a aceleração já acontece para auxiliar na fabricação de captadores e resistores, mas em larga escala poderíamos talvez criar um mini-buraco-negro ou um micro-big-bang.
Mesmo assim, haveria a possibilidade de criarmos em escala reduzida algo que deu início a "criação", "desenvolvimento" ou "expansão" do universo? No campo teórico, é possível criar um buraco-negro em laboratório sem o perigo de "sair fora do controle". Agora, testar isso... ninguém ainda experimentou!
A máquina tem previsão para ser ativada no dia 10 desse mês. Portanto, se alguma coisa sair errado, ou se algum cálculo for mal formulado, começaria aí o primeiro capítulo de uma eventualidade nuclear perigosamente instável. Imaginem o experimento feito por Dr. Octopus em Spiderman 2, onde a tentativa de criação de um buraco-negro quase deu fim ao mundo. Esse cenário típico de um filme de ação ou ficção científica está em cheque e, se o resultado for o pior possível para o universo, deixo aqui no blog o meu até logo.

+ info

postado por Rafael Mello @ 5:51 PM, ,

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